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MEDICAMENTOS À BASE DE SIBUTRAMINA SÃO LIBERADOS NO BRASIL

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu nesta segunda-feira (27/05/13) que medicamentos para emagrecer feitos à base de sibutramina podem ser vendidos normalmente no Brasil.


A decisão foi tomada por dois votos a um pela diretoria colegiada da agência reguladora. Foi realizado um ano de estudos sobre os riscos da substância para a saúde humana antes que a medida fosse tomada. O remédio é utilizado no tratamento da obesidade em casos de prescrição médica. Ele foi desenvolvido como um antidepressivo e já foi banido no Estados Unidos, no Canadá, na Austrália e na Europa. O motivo é o aumento de 16% no risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares em pacientes com históricos desse tipo de problemas.


A decisão ainda não é definitiva. Ela vale por dois anos, até que um relatório da Anvisa aponte a manutenção ou a proibição do produto no país.


MAIS SOBRE A SIBUTRAMINA


Com a proibição de três medicamentos – anfepramona, femproporex e mazindol – pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a sibutramina é hoje a única droga usada para emagrecer que atua sobre o sistema nervoso. Além dela, só há mais um remédio disponível para esse fim, o orlistate – cujo nome de mercado é Xenical – que age sobre a absorção de gordura no intestino.

O farmacêutico Ivan da Gama Teixeira, diretor técnico e vice-presidente da Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais (Anfarmag), contou que a substância surgiu como um antidepressivo. “Viram que a diminuição do apetite era um efeito colateral e o remédio passou a ser usado como emagrecedor”, explicou.

Contudo, o que a sibutramina faz no cérebro não é exatamente inibir o apetite, como é o caso dos remédios que foram proibidos. Na verdade, ela estimula a saciedade. “Na prática, o paciente fica satisfeito com menos comida”, resumiu o endocrinologista Walmir Coutinho, pesquisador que participou da pesquisa “Scout”, a maior já feita sobre o remédio, que acompanhou pouco menos de 10 mil pacientes durante um período médio de 3 anos e 5 meses.

A sibutramina age sobre dois neuro transmissores: a serotonina e a noradrenalina. Esses neurotransmissores funcionam entre os neurônios, levando informações de um para o outro. Nesse processo, geram a sensação de saciedade.

Normalmente, isso ocorre num curto período de tempo, e eles retornam para dentro das células – o que é chamado de recaptação. O que a sibutramina faz é retardar essa recaptação, ou seja, a serotonina e a noradrenalina ficam por mais tempo fazendo a ligação entre os neurônios e deixam o indivíduo saciado.

EFEITOS COLATERAIS


Os cientistas ainda estão tentando entender mais detalhes sobre o funcionamento da substância. Por isso, ainda não se sabe explicar por que ocorrem os efeitos colaterais, que, segundo ele, podem ser boca seca, taquicardia e insônia.


A pesquisa “Scout” registrou ainda que, entre pessoas que já têm alto risco de doenças cardiovasculares – como enfarte e derrame –, esse risco aumenta. No entanto, ainda não há explicação de como isso acontece no corpo humano.


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FONTE
Anvisa
Dr. Drauzio Varella

Nayara Souto Maior e Valdemir Soares


Nayara Souto Maior - Farmacêutica Generalista, Pós-Graduanda em Gestão e Tecnologia Industrial Farmacêutica, atua como Farmacêutica Magistral.

Valdemir Soares - Farmacêutico Generalista e empresário do ramo automotivo.

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