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O QUE FAZ UM FARMACÊUTICO? CONHEÇA A NOSSA HISTÓRIA!

A origem das atividades relacionadas à farmácia se deu a partir do século X com as boticas ou apotecas, como eram conhecidas na época. Neste período, a medicina e a farmácia eram uma só profissão. Na Espanha e na França, a partir do século X, foram criadas as primeiras boticas. Esse pioneirismo, mais tarde, originaria o modelo das farmácias atuais.

Neste período, o boticário tinha a responsabilidade de conhecer e curar as doenças, mas para exercer a profissão devia cumprir uma série de requisitos e ter local e equipamentos adequados para a preparação e guarda dos medicamentos. Como dito anteriormente, até então havia apenas uma profissão, O Boticário ou Curandeiro.
Com um grande surto de propagação da lepra e a sobrecarga nas farmácias existentes, houve a necessidade de ampliar o número de farmácias hospitalares na França. Mais adiante, no século XVIII, a profissão farmacêutica separa-se da medicina e fica proibido ao médico ser proprietário de uma botica. Com isso, dá início na antiga Roma a separação daqueles que diagnosticavam a doença e dos que misturavam matérias primas para produzir porções de cura.

No século II, os árabes fundaram a primeira escola de farmácia de que se tem notícia, criando inclusive uma legislação para o exercício da profissão. Em 1777, Luiz XV determina a substituição do nome de apoticário por farmacêutico. A obtenção do diploma de farmacêutico exige estudos teóricos e prestação de exames práticos, embora ainda não fosse considerado de nível universitário. Com o tempo, o estudo universitário para a formação do farmacêutico é logo estendido para toda a Europa.

No século XVI, o estudo dos remédios ganhou impulso notável, com a pesquisa sistemática dos princípios ativos das plantas e dos minerais capazes de curar doenças.
Com o tempo, foi implantada no mundo a indústria farmacêutica e, com ela, novos medicamentos são criados e estudos realizados, em velocidade espantosa. Os maiores conhecimentos em fisiologia e toxicologia dão início à moderna farmacologia, tendo sido publicado, em 1813, o primeiro tratado de toxicologia. Também na primeira metade do século XIX foram criados os primeiros laboratórios farmacêuticos. Inicia-se um grande processo de mudança na profissão.

O boticário no Brasil surgiu no período colonial, os medicamentos e outros produtos com fins terapêuticos podiam ser comprados nas boticas. Geralmente, o boticário manipulava e produzia o medicamento na frente do paciente, de acordo com a farmacopéia e a prescrição médica. Acontecia de forma idêntica como vemos em filmes ou desenhos animados nos dias de hoje: O doente chega até uma velha farmácia (botica) e é recebido pelo farmacêutico, diz onde e como é a dor que está sentindo e o farmacêutico procura em prateleiras as poções milagrosas e faz a mistura dos líquidos, coloca em um recipiente e entrega ao doente.

O primeiro boticário no Brasil foi Diogo de Castro, trazido de Portugal pelo governador geral, Thomé de Souza (nomeado pela coroa portuguesa). Isso só aconteceu após a coroa portuguesa detectar que no Brasil, o acesso ao medicamento às pessoas só acontecia quando expedições portuguesas, francesas ou espanholas apareciam com suas esquadras, onde sempre havia um cirurgião barbeiro ou algum tripulante com uma botica portátil cheia de drogas e medicamentos.

Com o tempo, a botica, onde o boticário pesquisava e manipulava fórmulas extemporâneas, originou dois novos tipos de estabelecimentos: Farmácia e Laboratório Industrial Farmacêutico.

FARMÁCIA NOS DIAS DE HOJE
É a ciência que estuda a manipulação de fármacos, criação e aplicação de métodos de controle de qualidade, estudo de formas de aplicação de orientação ao usuário quanto ao uso racional do medicamento, criação e aplicação de métodos de identificação e dosagem de tóxicos. Estão também como atividades da profissão farmacêutica a pesquisa, desenvolvimento e produção de novas drogas, utilizando-se como fonte plantas, animais e minerais.

Conforme o ramo de atuação, a farmácia se alia a outras ciências para o desenvolvimento de métodos de identificação e quantificação de indicadores biológicos de patologias humanas e animais, desenvolvimento e aplicação de métodos de diagnósticos genéticos, microbiológicos e parasitários. Ainda se aliando a outras ciências, estuda os alimentos e desenvolve e aplica métodos de manipulação e controle de qualidade dos mesmos.

A profissão tem sua norma regulamentadora através da Lei nº 3.820, de 11 de novembro de 1960, quando foi criado o Conselho Federal e os Conselhos regionais de Farmácia.

Esta é uma reportagem sobre uma história, no mínimo inspiradora. A protagonista é Aida Nunes, ou como muitos a chamam a "Menina Aida" que aos 97 anos continua à frente da sua Farmácia da Lapa, no Porto. Para ela não existe idade para a reforma e continua a partilhar com os clientes algo muito melhor do que medicamentos: valiosos conselhos e uma grande generosidade. Quem está cursando ou já é um Profissional Farmacêutico sabe que a nossa profissão é apaixonante e impressionante!

Nayara Souto Maior e Valdemir Soares


Nayara Souto Maior - Farmacêutica Generalista, Pós-Graduanda em Gestão e Tecnologia Industrial Farmacêutica, atua como Farmacêutica Magistral.

Valdemir Soares - Farmacêutico Generalista e empresário do ramo automotivo.

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